Cortez não se chamava Horácio!

Tenho pra mim que este é um dos posts mais cult da blogosfera! Aproveitem essa viagem da mesma forma como se deve aproveitar a presença de Fernanda Monteclaro numa novela!
Quem assiste "Insensato coração" já viu
que, do nada, surgiu um núcleo liderado pelo personagem de Herson
Capri. Trata-se de Horácio Cortez, um banqueiro que está encantado
com Bruna Surfistinha (Deborah Secco). Pois bem... Eu andei fazendo
algumas associações livres por conta de seu sobrenome, "Cortez".
Cada vez que falavam esse sobrenome na novela, me vinha na cabeça o
Seu Madruga (Don Ramón Valdez). E como eu sei que existe um certo
André San tão fora da casinha quanto eu para compartilhar estas
associações televisivas, não foi difícil fazer deste momento uma
pérola. Juro que cheguei ao ponto de acordar uma noite dessas e
começar a rir por causa de nossas conversas sobre Cortez. Mas não
era o Horácio...
Quem ser um pouco mais sobre este outro Cortez? Ora, o da árvore! O Alberto... Aquele que cantava "Meu pai e eu contemplamos a estrelinha do espaço iluminando as cooooisas...". Ah, vai dizer que você não conhece Alberto Cortez? Alberto Cortez é o cara! Trata-se de um cantante argentino que, por sinal, está tão vivo quanto Héctor Bonilla! "Mi árbol y yo" é um dos mais conhecidos singles do grande Alberto Cortez!

Vai dizer que você ainda não entendeu do que estou falando?
Assista ao vídeo abaixo que fica mais fácil e você vai entender essa doideira...
Após esta aula de história do Professor Girafales (Rubem Aguirre), fui para a Wikipédia descobrir quem foi que chorou na árvore da noite triste. Foi Hernán Cortés Monroy Pizarro Altamirano (juro que já vi esses sobrenomes em novelas mexicanas), espanhol conquistador do Império Asteca.

Hernán Cortés Monroy Pizarro Altamirano
Até aí, tudo bem. Mas porque "Árvore da noite
triste"? Porque assim ficou conhecido o episódio marcado pela
derrota de Hernán Cortés nas mãos dos guerreiros astecas em 30 de
junho de 1520 na atual Ciudad del México. Foi por isso que Nietzsche
chorou, digo, Cortés chorou. E o grande pintor José María
Tranquilino Francisco de Jesús Velasco Gómez Obregón (e vocês
pensando que Dom Pedro I tinha bastante sobrenome, hein?) retratou em
sua obra a passagem, intitulada "Ahuehuete de la noche triste".

Ahuehuete de la noche triste
Entendido agora porque Cortés não se chama
Horácio, como pensa o Gilberto e o Ricardo? Ele na verdade se chama
Alberto. Ah, não... O da árvore não é Alberto e sim Hernán.
Apesar de que a tradução de "ahuehuete" não é árvore. Aliás,
que palavrinha, hein? Juro que não te xinguei!

Lucas Andrade é natural do interior do Rio Grande do Sul e reside atualmente em Santa Catarina. Escreve sobre televisão desde o Ensino Médio no #BlogCascudeando. Formado em Psicologia e com Mestrado em Educação, atua na área e está cursando Letras-Português. Ainda pretende ganhar o Nobel de Literatura e um Oscar.